LAE Destinos: Quokkamania ou a Ilha dos Quokkas

LAE Destinos: Quokkamania ou a Ilha dos Quokkas

 

Por Lucia Collischonn de Abreu, ex-consultora da LAE

 

O Quokka é talvez o animal mais simpático e fotogênico de que se tem notícia, a internet já conhece os famosos Quokka-selfies, onde turistas fazem selfie com o simpático bichinho, que parece sorrir para as lentes. Veja mais aqui.

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Mas além da internet, há um lugar na costa oeste da Austrália onde o Quokka é rei. Rottnest Island, uma ilha de 19 quilômetros quadrados, que fica a 18 km de Fremantle, cidade portuária do estado de Western Australia. Para quem visita Perth, uma atração imperdível, pois a ilha oferece mais do que um encontro com os simpáticos marsupiais. Quem faz a rota entre Fremantle e Rotto, apelido carinhoso da ilha, são as empresas Rottnest Express e Rottnest Fast Ferries. O acesso é através de ferry, e o tempo necessário para explorar a ilha é de, no mínimo, um dia inteiro.

 

Quando estive em Perth, a ilha dos Quokkas estava no topo da lista de prioridades. Visitei a ilha em agosto, mas o dia que escolhi estava muito ensolarado e quente. Em busca do famoso Quokka, e sem saber andar de bicicleta, decidi dar a volta na ilha caminhando. Nem um pouco aconselhável. Para quem sabe andar de bicicleta, alugue uma e explore a ilha em sua totalidade. Para os menos aventureiros, a ilha tem um serviço de ônibus circular que passa a cada meia hora em pontos específicos, mas para embarcar no ônibus você deve comprar tickets no porto principal da ilha, no momento da chegada.

 

Mesmo assim, caminhar por Rottnest não foi ruim. As paisagens belíssimas e as praias mais ainda me distraiam do fato de que não havia nenhum Quokka à vista. Procurei, procurei e procurei, horas caminhando no sol, com direito a pausas para banho nas praias do Oceano Índico. A essa altura, já achava que o Quokka era uma lenda, uma pegadinha para brincar com os turistas desavisados. Foi quando cheguei em Thomson Bay, o porto principal da ilha, que vi o que pensei ser uma miragem. A visão do famoso Quokka foi se multiplicando, multiplicando, ao ponto em que Quokkas saltavam de todos os cantos possíveis. É claro, espertos que são, ficam perto da comida. E onde tem comida? Nos restaurantes e bares próximos dos três portos principais da ilha. Ali, encontrei outro habitante local, o pavão, que também se sentia à vontade para passear entre os humanos em busca de um lanche.

 

 

O Quokka, um pequeno marsupial que parece uma cruza entre um canguru e um rato, é, sem dúvida, a grande atração. E eles sabem disso. Transitam entre os humanos, pedem comida (é proibido alimentá-los), e toda a população de Quokkas da ilha é devidamente catalogada, controlada e preservada. Nenhum visitante ousaria mexer com os reis, com quem realmente manda ali. A ilha de Rotto, pouco habitada por pessoas, é superpopulada por Quokkas, que são nativos da ilha. É muito difícil encontrá-los em qualquer outro lugar. Mas a simpatia do bichinho é parcialmente genuína. Não são perigosos, é difícil que machuquem ou ataquem, mas só se aproximam de fato quando acham que o ser humano tem comida. São interesseiros. Cuidado. São como aquela amiga falsiane. Mas pelo menos são fotogênicos. ;)

 

Fotos: Lucia Collischonn de Abreu 

 

Update equipe LAE: A Lúcia quase não conseguiu terminar o texto de tanta raiva. A verdade é que ela não perdoa os Quokkas por não terem posado para uma selfie com ela.

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